Buscar
Tópicos
Conselhos de relacionamentos
Como falar sobre transtornos mentais em um relacionamento

Conseguir conversar abertamente sobre sua saúde mental e doenças psicológicas pode ser um passo importante em um relacionamento. De uns tempos para cá, isso tem se tornado mais comum e natural (finalmente!), mas o momento de tocar nestes assuntos com uma nova conexão ainda costuma ser bastante difícil para a maioria das pessoas. Se este é o seu caso, você merece estar com alguém que te dê suporte, especialmente nos momentos em que a dor bate. Quer seu problema seja ansiedade, depressão, transtorno bipolar ou alguma outra questão mental, nós preparamos algumas dicas para você abordar este tema de uma maneira leve e tranquila para os dois lados da relação.

Você sente que é a hora certa para falar?

Para quem sofre com transtornos mentais, geralmente é uma boa ideia se abrir com a pessoa com quem se está relacionando. Afinal, ela provavelmente será alguém fundamental na sua vida. Uma dica importante é perceber o momento em que você se sente mais à vontade para ter essa conversa, e isso geralmente acontece quando você já entende melhor o que sente, sabe como os outros podem ajudá-lo e o que a outra pessoa pode fazer para oferecer suporte. Doenças psicológicas podem dificultar a comunicação entre um casal: quando uma pessoa age de um jeito e o outro interpreta de uma maneira completamente diferente. Por exemplo, se uma pessoa que está passando por depressão precisa de um tempo para ficar sozinha e relaxar, a outra pode pensar erroneamente que é uma atitude fria e egoísta. Por isso, abrir-se e explicar a situação pode ser a melhor solução, mas lembre-se que o momento certo para isso é o que você se sente mais confortável.

Você está em uma situação que te deixa confortável?

Falar de assuntos delicados pode ser mais fácil quando vocês estão fazendo alguma outra atividade. Você pode abordar o assunto enquanto vocês estiverem em um momento descontraído, como passeando com o cachorro ou cozinhando o almoço de domingo, para tornar a conversa mais leve. A “Relate”, uma organização britânica que presta serviços de suporte a relacionamentos, sugere: “fale de seu problema da mesma maneira que falaria sobre outros assuntos: escolha um momento tranquilo, em um lugar agradável, e tenha uma conversa franca e serena”.

Você sabe o que quer dizer?

Se o seu relacionamento já chegou a um estágio em que você acredita ser importante para a outra pessoa saber o que se passa, um bom início pode ser pensar no que você realmente quer dizer. Ensaie sozinho na sua cabeça primeiro ou escreva em um papel, mas planeje algo simples. Você pode, por exemplo, explicar o que sabe sobre a sua doença e como acha que ela pode afetar o relacionamento, tudo de maneira muito calma e leve. A coach de relacionamentos Kate Mansfield sugere: “deixe claro que o seu transtorno não tem nada a ver com o seu parceiro e seja realista e sincero sobre a situação. Muitas vezes, esta conversa pode aproximá-los e aumentar a conexão, desde que seja feita de maneira tranquila e afável”.

Que tipo de suporte você precisa?

Após explicar melhor o que você sente, é hora de deixar claro como seu parceiro pode ajudar. Você pode começar dizendo, por exemplo: “às vezes eu preciso de um momento sozinho, mas isso não tem nada a ver com o nosso relacionamento ou com algo que você tenha feito, é uma coisa minha”. Ou então você pode dizer algo como “Quando eu me sinto assim, ter alguém para me ouvir ajuda muito. Você não precisa tentar me ajudar a encontrar soluções, só me escutar e me apoiar é o suficiente”. Expor as suas necessidades e deixar claro que seu parceiro pode dar este suporte evita mal-entendidos e torna tudo mais fácil.

Continue cuidando de você!

De acordo com a coach Kate Mansfield, “Ninguém pode salvar o outro, e é importante para a saúde do relacionamento que ambos cuidem de si mesmos acima de tudo. Muitas vezes nós nos sentimos confusos e culpados, tanto pelo lado da pessoa passando pela situação difícil quanto pelo lado do parceiro. Mas a verdade é que ninguém deve se sentir mal, e ambos devem agregar compreensão e compaixão ao relacionamento”. Siga fazendo o que ajuda você a se sentir melhor, seja tomar medicamentos adequados, ir à terapia, descansar ou simplesmente se tratar com amor. Kate afirma: “se você é a pessoa que está passando por transtornos, tente buscar suporte também fora do seu relacionamento, para não colocar muito peso no seu parceiro”. Conversar com outras pessoas próximas sobre o seu bem-estar, como amigos e família, pode aliviar a sensação ruim.

Se você é a outra metade da relação e seu parceiro é quem sofre de algum transtorno psicológico, existem algumas coisas que você pode fazer para ajudar. Pesquise sobre a doença, pergunte se é ok fazer perguntas e tirar dúvidas sobre o que a outra pessoa sente, tenha empatia e, acima de tudo, cuide de você também.

Transtornos mentais podem afetar muitos de nós e ter um grande impacto nas nossas vidas, por isso, é importante lembrar que esta é apenas uma parte da sua personalidade. Você é muito mais do que um diagnóstico: você é a maneira como gosta de dançar, os seus filmes favoritos, as suas playlists do coração, os assuntos que te interessam e a forma como cuida das pessoas queridas. Doenças psicológicas não definem o caráter de ninguém, e as pessoas que sofrem delas podem ser parceiros amáveis, divertidos, carinhosos e fantásticos.

Todos nós temos questões de saúde mental que nos afetam de um jeito ou de outro, e a experiência de cada um é tão única quanto a sua personalidade. Seja gentil consigo mesmo e com o seu parceiro, e busque outros tipos de suporte se achar necessário.

A linha de suporte britânica Calm oferece ajuda em diversos locais do mundo. Consulte o site para saber mais sobre a sua região.

Entrar no Badoo
Saber mais sobre o Badoo
Conexões sinceras