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Como apoiar a comunidade LGBTQIA + no Mês do Orgulho e além

Escrito por Nick Levine

Todos os anos no mês de junho, o Mês do Orgulho coloca em evidência a comunidade LGBTQIA+. No entanto, é importante lembrar que essas pessoas existem o ano todo, e não só durante um mês. Atualmente, ter um amigo gay e “não ter nada contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo” não significa que você é um aliado da causa; significa apenas que você não é homofóbico. Sabendo disso, aqui estão sete maneiras de apoiar a comunidade LGBTQIA+ durante o ano inteiro.

1. Visite os locais LGBTQIA+ da sua região

O comércio e os serviços sofreram muito durante a pandemia, mas como os bares LGBTQIA+ costumam receber apenas um nicho específico da população, eles foram atingidos de maneira ainda mais dura. Conforme a nossa vida social vai sendo retomada, esses espaços precisam da nossa ajuda para sobreviver. Considerando que quase toda drag queen que você conheceu em RuPaul's Drag Race iniciou sua vida profissional em um bar gay local, uma ótima maneira de apoiar estes artistas e os bares é comprar um ingresso para um destes shows de drag. E não se esqueça que você está visitando a casa deles, portanto deve se comportar com respeito em todos os momentos.

2. Conheça a história

É difícil apoiar qualquer comunidade sem conhecer e compreender sua jornada. O casamento entre pessoas do mesmo sexo atualmente é reconhecido em 29 países do mundo, mas essa igualdade foi construída com muito sangue, suor e lágrimas de ativistas queer de décadas passadas. Os motins de Stonewall em 1969 são considerados como um marco no atual movimento pelos direitos LGBTQIA+, então, se você se considera um aliado da causa, dedique ao menos alguns minutos para ler mais sobre este episódio na página da Wikipedia.

“A Vida e a Morte de Marsha P. Johnson”, um documentário da Netflix sobre uma das vanguardas do movimento, também é imperdível. Outros documentários fantásticos com tema queer incluem “Paris Is Burning”, que narra a cultura dos bailes dos anos 80 que serviram como um refúgio para pessoas LGBTQIA+ de diferentes raças, e “How to Survive a Plague”, um filme profundamente comovente sobre os primeiros anos da epidemia de HIV. Se você preferir doses diárias de história queer, acompanhe a conta do Instagram @lgbt_history, que tem uma curadoria incrível (em inglês).

3. Aceite que a batalha está longe de terminar

Diversos estudos mostram que as pessoas LGBTQIA+ são mais propensas a ter problemas de saúde mental, à automutilação e a pensamentos suicidas. Muitos jovens queer podem ter passado a pandemia em quarentena com parentes que não aprovam sua sexualidade ou identidade de gênero, colocando-os sob enorme pressão por muitos meses.

Ao mesmo tempo, crimes de ódio homofóbicos e transfóbicos ainda são um grande problema no mundo todo; um relatório divulgado em novembro de 2020 no “Trans Day of Remembrance” revelou que 350 pessoas trans e de outras identidades de gênero foram assassinadas nos 12 meses anteriores - um aumento de 6% em um ano. É especialmente importante reconhecer que a comunidade LGBTQIA+ também não é igualitária entre ela. É provável que a vida seja muito mais fácil para um homem gay branco considerado normal do que para uma pessoa trans preta ou uma pessoa queer com deficiência. E, em muitos países ao redor do mundo, simplesmente ser honesto sobre sua sexualidade pode excluí-lo da sociedade ou até mesmo colocar sua vida em risco. Portanto, ouça atentamente a história de vida de cada pessoa para descobrir a melhor forma de apoiá-los.

4. Cuide do seu dinheiro

Marcas interessadas em parecer inclusivas provavelmente vão tentar participar de alguma maneira do Mês do Orgulho; alguns anos atrás, uma rede britânica de alimentação chegou a lançar um "sanduíche LGBT". A maioria dessas iniciativas é bem-intencionada e ajuda a dar destaque, mesmo que discretamente, à comunidade queer (20 anos atrás, era impensável ver um monte de imagens de arco-íris sendo exibidos em locais que não fossem um bar gay). Mesmo assim, há uma regra para marcas que lançam supostos produtos do "Orgulho": ou reverta 100% dos lucros para uma instituição de caridade LGBTQIA+, como Victoria Beckham está fazendo com sua camiseta do Mês do Orgulho, ou nem tente. A marca de maquetes de ferrovias Hornby foi duramente - e corretamente - criticada este ano ao admitir que não doou um só centavo com as vendas da sua "Pride Van" para organizações queer.

5. Apoie uma organização LBTQIA+

Doar dinheiro para uma instituição de caridade LGBTQIA+ é uma ótima maneira de apoiar a comunidade, mas doar o seu tempo é ainda melhor. De acordo com um estudo recente, as pessoas LGBTQIA+ têm duas vezes mais chances de ficar sem teto ao longo da vida, então ser voluntário em uma instituição de caridade LGBTQIA+ é um verdadeiro ato de compaixão.

6. Escancare o preconceito quando se deparar com ele

Da próxima vez que um colega de trabalho reclamar sobre colocar pronomes em sua assinatura de e-mail ou um amigo brincar sobre identidade de gênero, não deixe o preconceito passar batido. Gentilmente reforce que todos têm o direito de expressar sua sexualidade e identidade de gênero como acharem adequado. Dar suporte a uma sociedade em que cada um puder ser chamado como quiser é o mínimo que podemos fazer.

7. E não esqueça o que temos em comum: somos todos humanos

Parece básico o que vamos falar, mas é preciso lembrar-se que no final das contas uma pessoa gay é acima de tudo uma pessoa, uma pessoa não binária é acima de tudo uma pessoa e uma pessoa trans é acima de tudo uma pessoa. Eles provavelmente tiveram experiências de vida diferentes - e, de muitas maneiras, mais difíceis - por fazerem parte da "Máfia do Alfabeto", mas, no fim das contas, querem as mesmas coisas da vida que qualquer ser-humano. Quanto mais você apoiar e se envolver na causa queer, melhor será para todos.

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